A diferença de preço entre os vários Ladrilhos deve-se essencialmente às grandes variações dos custos de produção desses mesmos ladrilhos. Assim temos o seguinte exemplo:
- Os Ladrilhos 30×15 cm são moldados manualmente aos pares em moldes duplos enquanto os Ladrilhos 20×20 cm são moldados individualmente, um a um. Este trabalho é feito por equipas de duas pessoas, que ao final do dia conseguem produzir o dobro da quantidade de Ladrilhos 30×15 cm relativamente aos 20×20 cm.
- Durante a fase de secagem os Ladrilhos os quadrados 20×20 cm tendem a rachar mais do que os rectangulares 30×15 cm, o que origina mais perdas.
- Quando os ladrilhos são cozidos no forno os Ladrilhos quadrados 20×20 cm voltam a sofrer mais perdas que os outros uma vez que alguns deles empenam.
Por estes motivos o preço do Ladrilho 20×20 cm é sempre superior ao preço do 30×15 cm, apesar da margem de lucro ser a mesma ou ainda inferior. Do mesmo modo, ladrilhos com outras medidas têm custos de produção diferentes, sendo que o Ladrilho 30×15 cm é o que tem os custos de produção mais baixos.
No caso dos ladrilhos 30×30 cm, 40×40 cm e 50×50 cm o preço aumenta consoante o tamanho, sendo que quanto maior é o ladrilho mais propensão tem para empenar e rachar quer na fase de secagem quer durante a cozedura.
Os ladrilhos são selecionados e colocados em paletes ao cutelo de modo a não quebrarem durante o transporte. A palete é depois envolta em filme estirável para maior protecção.
Quando se destinam a outros países os ladrilhos são colocados em caixotes de madeira com cerca de 30 m2 cada. São arrumados por camadas com papelão grosso entre cada camada de forma a proteger os ladrilhos durante a viagem. Actualmente os caixotes foram substituídos por cantoneiras colocadas em todos os lados das paletes. Nas várias vezes em que vendemos para fora de Portugal nunca houve qualquer problema.
Ambos são produzidos com a mesma matéria-prima, cozidos no mesmo forno e apresentam aproximadamente a mesma tonalidade e resistência. A principal diferença entre os ladrilhos desenformados a água e os ladrilhos desenformados a areia é que os primeiros têm as arestas ligeiramente arredondadas enquanto os segundos têm as arestas vivas. Para além disso, os ladrilhos desenformados a água (também chamados “boleados”) passam por um processo de selecção mais rigoroso e por terem as arestas boleadas/arredondadas possibilitam um melhor acabamento. Este tipo de ladrilho é um exclusivo da Terracota do Algarve.
Devido ao nosso processo de fabrico artesanal e cozedura em forno de lenha há sempre algumas diferenças de tonalidade entre as várias peças, não sendo possível obter uma cor homogénea. Assim, embora consigamos produzir pavimentos com uma cor mais clara de um modo geral, haverá sempre peças mais rosadas/avermelhadas. São precisamente essas nuances de cores que nos distinguem das grandes fábricas de produção industrial em massa.
De salientar que as várias fotos dos nossos produtos em terracota manual que se encontram no Website já foram tiradas há bastante tempo e com equipamentos diferentes, razão pela qual dificilmente traduzem a verdadeira cor do produto.
Nos países mais frios, os ladrilhos em terracota manual são usados principalmente no interior. Todas os nossos ladrilhos são feitos pelo mesmo processo, então todas elas têm o mesmo comportamento em relação ao gelo. Para resistir a temperaturas negativas com gelo abaixo de -5 °, é necessário selar os ladrilhos após a sua colocação. Se os ladrilhos não estiverem selados, eles absorverão água, a água poderá congelar e causar danos.
Todos os nossos pavimentos em terracota manual podem ser utilizados tanto no interior como no exterior. São suficientemente resistentes para suportarem um carro, sendo que para tal é importante que os ladrilhos sejam aplicados sobre uma boa base de assentamento. Recomenda-se que essa base seja uma betonilha devidamente regularizada e consolidada, que deverá estar bem seca, e onde a tijoleira deverá ser aplicada com cimento-cola.
Nós recomendamos uma junta mínima de pelo menos 3 ou 4 mm. Isto acontece porque os nossos pavimentos e revestimentos são fabricados de forma artesanal e por isso existem pequenas diferenças de tamanho entre as várias peças (até 2 ou 3 mm). A junta serve precisamente para colmatar essas diferenças e ficar com um bom acabamento. Há, no entanto, clientes que já aplicarem as nossas tijoleiras com junta quase fechada (encostadas umas às outras), mas para isso é necessário que o trabalho seja feito por um bom mestre de obras. De qualquer modo, recomendamos que antes de começar a colocar/colar as tijoleiras se faça um ensaio de pelo menos um metro quadrado com a junta mínima desejada para saber se é possível executar o trabalho dessa forma.
A durabilidade dos Ladrilhos em Terracota Manual não depende de serem ou não tratados. O que é fundamental para que eles durem umas boas centenas de anos ou mais é a qualidade da matéria-prima utilizada (o barro) e uma boa cozedura que garanta a resistência da terracota. É também fundamental que a limpeza do quotidiano seja feita com detergentes adequados, de preferência com PH neutro. Deve evitar-se sempre o uso de produtos abrasivos ou à base de ácidos que possam danificar a tijoleira.
Os ladrilhos não têm de ser obrigatoriamente tratados, sendo o tratamento quer no interior quer no exterior feito apenas para proteger os ladrilhos do aparecimento de eventuais manchas de gordura, óleo, vinho, etc. Recomenda-se, no entanto, o tratamento em cozinhas, salas de jantar, perto de barbecues, etc.
O tratamento pode durar entre 4 e 8 anos dependendo do produto aplicado, da intensidade e modo como o pavimento é utilizado e da frequência das limpezas/lavagens.
De salientar que no exterior em terraços descobertos o ideal é deixar os ladrilhos ao natural, sem tratamento. Caso se opte por fazer o tratamento, é fundamental que o pavimento esteja completamente seco para que não fique humidade retida no seu interior.
Normalmente, quando a terracota é colocada sobre uma betonilha é utilizado cimento-cola convencional. Se for colocar a terracota sobre azulejo ou outro pavimento/revestimento vidrado deve utilizar uma cola especial. Isto acontece porque o azulejo existente, principalmente se for vidrado, não permite absorção de água, o que torna a colagem mais difícil. A cola que recomendamos para estas situações é a weber.fix premium, que é uma cola com muito boas prestações.
Quando se fala de pavimentos e revestimentos em terracota manual “Ladrilho” e “Tijoleira” são exactamente a mesma coisa. O termo mais utilizado varia consoante a região, havendo zonas onde também se utiliza “Baldosa” ou “Mosaico” para designar os ladrilhos em barro. No Algarve, onde estamos localizados, a palavra mais utilizada ainda continua a ser “Ladrilho”.
Todos os ladrilhos em terracota manual podem ser utilizados tanto no interior como no exterior. Apenas o tipo de tratamento que deve ser aplicado posteriormente varia consoante o sítio onde os ladrilhos são colocados: há produtos específicos para tratamento no interior e outros para o exterior.
Esta situação acontece por vezes nas ilhas e junto à costa quando não há um bom isolamento da base de assentamento dos ladrilhos (betonilha), permitindo a passagem de humidade e salitre que contribuem para a deterioração mais rápida do pavimento. Podem ainda aparecer manchas brancas nos ladrilhos, o que é um sinal da presença de humidade.
Isto também acontece por vezes com a pedra natural e outros materiais naturais que pelas suas características acabam por ser mais vulneráveis.
Alguns dos nossos clientes, empresas ou particulares, fazem eles próprios o transporte do material. Sempre que o cliente precisar, o transporte e entrega das encomendas é assegurado por transportadoras da nossa confiança. Quando fazemos o orçamento podemos dar cotação também para o transporte do material. O cliente decide então se aceita o orçamento com entrega incluída ou se trata ele próprio do transporte.
Para determinados materiais pedimos uma adjudicação/adiantamento antes de avançar com a produção. É o caso dos Mosaicos Hidráulicos em que é sempre necessária uma adjudicação com a confirmação da encomenda pois trata-se de um produto que é produzido com cores escolhidas pelo cliente e destina-se apenas a esse cliente. No caso da Terracota Manual apenas pedimos um adiantamento para a produção de grandes quantidades ou quando se trata de uma tijoleira com uma medida ou formato diferente produzida especificamente para determinado cliente.
Os preços dos diferentes modelos de mosaico hidráulico variam consoante a complexidade do modelo em causa, o que faz aumentar os custos de mão de obra com a produção. Compreende-se assim que o mosaico liso, com uma única cor, ou um mosaico com um padrão simples com duas cores tenham um preço consideravelmente inferior a um mosaico com um padrão mais complexo e com 4 ou 5 cores diferentes.
Sim, é possível fabricar novos modelos de mosaicos hidráulicos. No entanto para isso é necessário encomendar um novo molde a um artesão que custa cerca de 400,00€ + IVA ou um pouco mais (o preço varia consoante o modelo) e leva cerca de 30 dias até ficar pronto. O tempo de entrega assim aumenta para cerca de 60 a 90 dias a partir da data de confirmação da encomenda. Para além disso só avançamos com a encomenda depois do pagamento de 50% do valor da mesma mais o custo do novo molde. Se o cliente estiver disposto a suportar esse custo e esperar pelo menos 60 dias até os mosaicos ficarem prontos é possível produzir praticamente qualquer modelo de mosaico.
O preço dos Mosaicos Hidráulicos em patchwork, quando encomendado a partir do catálogo, é 150€/m2 + IVA, o que corresponde ao preço do modelo mais caro de mosaico que temos acrescido de 20%. Se o patchwork for criado a partir das sobras de mosaicos que temos disponíveis o preço é 75,00€/m2 + IVA. Esta diferença de preço acontece devido à logística que implica produzir apenas alguns mosaicos de cada modelo, em variadas cores, até se atingir a quantidade desejada, enquanto as sobras de mosaicos já existem em stock.
Tanto quanto sabemos não há qualquer inconveniente na aplicação da tijoleira em terracota manual com piso radiante, apenas levará um pouco mais tempo a fazer-se sentir o calor em virtude de ser um chão com uma espessura de 2 cm, um pouco mais grosso do que outros pavimentos. A vantagem, segundo alguns clientes que já utilizaram esta solução, é que depois de a casa estar aquecida o chão em barro retêm o calor durante mais tempo, o que acaba por se traduzir em ganhos a nível consumo de energia.